O pequeno ser que habita meu ventre...

Mesmo antes de engravidar, antes até de pensar em engravidar pensávamos em ter uma pequena princesinha nessa casa, que já tinha nome e todos os olhares para itens de enxoval eram sempre para as coisinhas de menina!

Mas foi só anunciar na família para ouvir, pode ir tirando essa idéia da cabeça porque o que vem por ai é um garotão!!

Logo no ultrassom de 8 semanas Dr. Marcelo já foi dizendo, "Ainda é cedo para ver qualquer coisa mas com algumas pacientes costumo ter uma intuição e aconteceu com você, quer saber?" - Claro!! "Você deveria parar de falar ELA porque acho que é um menino!"

Comecei a perder o sono, sou de uma família repleta de mulheres, e não conseguia me imaginar criando um menino, sentia medo de não saber como educar, não saber trocar uma fralda, tinha medo de não encontrar o equilibrio entre ter um filho brutamontes ou afeminado, enfim tinha pesadelos só de pensar!

Veio o ultra de 13 semanas e para não bater o martelo tão cedo Dr. Marcelo disse 90% de chances de ser mesmo homem...

Quando se tem medo de alguma coisa até 90% nem parece tanto assim! E foi assim que eu fiquei, 90% não é 100%.

Ainda pra ajudar, um dia em uma livraria abri um livro sobre gravidez justamente em uma página que mostrava uma foto de um órgão genital com 12 semanas, que tinha total aparência de masculino e que com 20 semanas na verdade era feminino. Os 90% que já não eram tanto, ficaram parecendo menos ainda.

Mas começamos a pensar no nome, e esse foi o ponto mais difícil, não entramos em nenhum acordo, são três a palpitar e nenhum a gostar do palpite do outro!

Compramos algumas coisas para o enxoval, roupas para um menino, mas tentando pensar sempre que poderia ser uma menininha a vestir tal peça.

Comecei a conversar com mães de menino e cada vez que eu falava " Mas eu tenho medo de não saber criar um menino", invariavelmente ouvia, "Você vai tirar de letra, menino é MUITO mais fácil, deixa de ser boba", fui me sentindo mais segura, fui sentindo que talvez todo esse medo fosse bobagem minha e comecei a me sentir mais capaz de ser mãe de um molequinho!

E chegou o dia do ultrassom, fomos em comitiva, eu, maridão e Luiza e foi só colocar o aparelho na barriga, mal tínhamos nos acomodado para que fosse anunciado:

"Parabéns, é mesmo um garotão!!"

Não houve um segundo de suspense e agora é oficial: It's a boy!!!

Cada dia que passa consigo me imaginar mais mãe de menino, consigo me imaginar jogando bola, brincando de carrinho, estou conseguindo encontrar um equilibrio dentro de mim e pensar que criar um filho na verdade traz responsabilidades de formação que independem que seja menino ou menina, formação de carater, valores, respeito aos outros, tantas coisas, claro que também tem muita coisa que vai ser diferente, outro ritmo, outro pique, mas que tenho certeza que vou saber tirar de letra!!

Estou muito feliz com meu garotão chutador aqui dentro!

Agora o nome..... ai o nome... essa é uma novela que eu não tenho idéia quando vai ter fim!!  

 

Eu sei que tem muita gente que acha que não se deve falar que quer um menino ou uma menina, dizem que a criança sente, que pode se achar rejeitada, acho tudo isso uma balela, e das grandes!

Quando minha mãe estava grávida, meu pai tinha certeza de que quem estava a caminho era o Junior, todo meu enxoval era de menino, meu berço era azul! Ele chegou no berçário, me viu e correu para o quarto da minha mãe para dizer como era lindo o "Nosso menininho", minha mãe só fez rir e falar pra ele voltar para lá e olhar direito porque eu era uma menina!!

Nunca me senti rejeitada, sempre fui muito mimada e hoje toda essa história só causa mesmo são boas risadas toda vez que é contada!

 

Sempre falei que queria uma menina e isso não significa que agora que sei que espero um menino estou infeliz, ou mesmo menos feliz um tiquinho que seja.

Acho que estou tendo uma grande oportunidade, de conhecer o outro lado, de fazer muitas coisas diferentes, queria uma menina, porque seria mais fácil, porque já tenho uma, já sei como é, tenho uma armário de Pollys e Playmobil família que me trariam uma grande economia, mas no fim veio um menino, e o que posso dizer é QUE BOM!! Vou ter a chance de sair da minha zona de conforto, de experimentar o novo...

 

E um filho é sempre um filho, e o amor é sempre o amor, que vai além de ser este filho João ou Maria...

TE AMO FILHÃO!!